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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

"Refugiado"


Há um vulto negro que o vento trouxe
Como tempestade fosse meu coração
Mas hoje o branco da paixão que oculto
Me sepulta e contrasta a minha solidão


Ando no meio da multidão atordoada
Mas qualquer tentativa seria em vão
A cada esquina é uma parada
É uma topada nesta ilusão


Olho pro chão,pro céu e pro lado
Desatinado,tento me encontrar
A cada passo estou mais atrasado
Todos são culpados,todos irão julgar


Sou o réu no tribunal do inferno
Da mais interna chama incandescente
Do mais ardente frio de inverno
O mais distante entre tanta gente


Sou o valente gladiador derrotado
Apunhalado sem poder morrer
Sou um rei longe do seu reinado
Sou um coitado longe de você


Mas também longe de um amor passado
Que te ofertei com tanto ardor
Hoje na minha guerra,ando desarmado
Mas do seu lado eu morro de amor...



Marcelo Eloy de Andrade

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